Teste: você namora ou já namorou com alguém narcisista? Ou você é narcisista?

segunda-feira, outubro 03, 2016

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Acabei de voltar de uma livraria aqui da minha cidade e me deparei com um título que me chamou atenção, mas acabei não comprando – pelo menos não ainda –, apenas memorizei para buscar resenhas na internet. Ele Se Acha o Centro do Universo foi escrito pela psicóloga americana Wendy Behary e lançado em 2011 pela Editora Best Seller aqui no Brasil. A autora, que é diretora de um Centro de Terapia Cognitiva em New Jersey, afirma que o "narcisismo é um dos maiores desafios da psicoterapia". E se você já teve algum tipo de experiência com um(a) narcisista, provavelmente concorda com o que ela diz. Relacionar-se com um indivíduo narcisista é uma tortura, uma experiência frustrante e que, se você não tiver uma boa estrutura emocional, pode mexer muito com a sua autoestima.

Segundo Wendy, narcisistas não acham que têm problemas. Para ele, quem tem problemas são os outros. Também costuma ser difícil deixar um narcisista. Em muitos casos, eles são belos, sedutores, interessantes e bem-sucedidos. Wendy diz ainda que mesmo a pessoa mais linda, segura e independente pode sofrer ao se relacionar com um narcisista – se não souber deixá-lo (ou modificá-lo, o que nem sempre é fácil) a tempo.

asas

Mas e aí, você desconfia que o seu companheiro(a) pode ser narcisista? Ou você pode ser um narcisista? Como ter certeza disso?

O livro oferece esse teste:
A PESSOA DIFÍCIL EM SUA VIDA É UM NARCISISTA?

Leia os itens listados a seguir e marque todos os que se aplicam à pessoa. Mas só marque se tal traço ocorrer com frequência.

1. Egocêntrico – age como se o mundo girasse a seu redor.

2. Autoritário – dita e quebra regras.

3. Intimidador – diminui você e a humilha.

4. Exigente – de qualquer coisa que ele ou ela deseja.

5. Desconfiado – suspeita de suas razões quando você está sendo simpática.

6. Perfeccionista – tem padrões rigidamente elevados: ou é do jeito dele ou nada.

7. Esnobe – acredita que é superior a você e aos outros; sente-se entediado com facilidade.

8. Obcecado por aprovação – anseia por elogios e reconhecimentos constantes.

9. Antipático – não tem interesse em entender a experiência interna alheia, ou é incapaz de fazê-lo.

10. Sem remorsos – não consegue se desculpar genuinamente.

11. Compulsivo – dedica-se excessivamente a detalhes e minúncias.

12. Viciado – não consegue abrir mão de antigos hábitos; usa-os para se acalmar

13. Emocionalmente distante – evita os sentimentos.

Se você marcou pelo menos 10 dos 13 traços, a pessoa se enquadra nos padrões estabelecidos para o narcisismo flagrantemente desadaptativo, a forma mais comum e difícil.

Acho narcisismo um lance sério e cada vez mais comum na nossa geração. A selfie se popularizou com rapidez e a indústria tecnológica teve que se adaptar a essa tendência ao narcisismo cada vez mais comum, colocando câmeras frontais nos celulares, criando aplicativos para a exposição da vida das pessoas, como o Snapchat e afins.


Surgem na velocidade da luz celebridades que se tornaram famosas simplesmente por exporem suas rotinas explicitamente na internet, ostentando bens materiais e vidas superficiais. É tão comum que o termo "nadismo" surgiu em referência a esses indivíduos. "Nadismo" passou a ser algo que você também pode fazer. Nossa sociedade está cada vez menos preocupada com narcisismo e individualismo, porque se tornaram comuns demais para serem debatidos.

Crianças estão criando perfis em redes sociais e se exponde cada vez mais cedo, muitas vezes com o consentimento dos pais e sem a supervisão deles.

Quero comprar o livro da Wendy. Fiquei curioso para entender mais sobre o assunto, pois acredito que todos nós somos narcisistas, de alguma forma, em determinada situações. É importante se conhecer e saber até que ponto nós e as pessoas que nos rodeiam estão sabendo lidar com isso de forma saudável.

 

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18 Comentários

  1. Creio que não, meu companheiro é bem humilde e sempre me ajuda, além disso, me coloca pra cima. Eu tento ter um temperamento mais sensível e ter empatia pelo próximo.
    Art of life and books.

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  2. É algo muito complicado, porque é o meu namorado é narcisista, mas ele sabe disso, e quer melhorar. Ele tem tendência ao egoísmo e se importa muito com ele, apenas ele. Comigo não é tanto. Mas ele está melhorando, e eu acho que a pessoa saber disso, e querer mudar é um passo. Eu vejo muito que a educação que a mãe deu influenciou sabe?

    Beijos, Love is Colorful

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  3. Olá, Cássio.
    Eu nãos ou graças a Deus, mas tenho um amiga assim. E o engraçado é que ela não é linda, mas é mulherão hehe. Infelizmente as pessoas estão cada vez mais novas entrando nessa de se expor para os outros. Esses dias tive que brigar com minha sobrinha de 11 anos que estava fazendo uns vídeos e postagens se expondo no Face.

    Blog Prefácio

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  4. Oi, tudo bem?
    um tema muito interessante para ser debatido de maneira profunda. Confesso que não me considero uma pessoa narcisista, mas parei pra pensar sobre o que você escreveu, no quanto o "nada" tem se tornado algo interessante para se ver e compartilhar. Gostei muito do post e anotei a dica de livro.
    Abraços,
    Amanda Almeida

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  5. Ei! Então, eu fiz o teste e nem eu nem o boy somos narcisistas ao extremo (ainda bem!). É claro que temos um traço ou outro mas, como você mesmo disse, todos nós somos meio narcisistas em algum nível!
    O importante é sempre procurar modificar esses "traços ruins" e ter alguém ao seu lado que te ajude! Pelo menos é assim que eu penso... E com certeza vivemos na era do individualismo e narcisismo, não tenho como concordar mais!!

    Beijo! ♥

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  6. Nossa, que top! Amei o post, foi super esclarecedor. Nele descobri que eu realmente não sabia nada do que é narcisismo. Bjs

    www.mayaravieira.com.br

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  7. Oi cassio!

    esse debate sobre narcisismo pode ir longe, viu, principalmente nos tempos loucos em que a gente vive hoje, onde aparência vem sempre à frente da essência das pessoas.
    Hoje muita gente vive mais pra se exibir do que realmente pra ter boas experiências. Acaba sendo triste observar pra onde a sociedade vem caminhando ::(
    também fiquei curiosa pelo livro!

    beijo
    beinghellz.com

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  8. Siiim, faz muito sentido a popularização das redes sociais: o eu quero aparecer, ser o melhor... juntando com uma educação cada vez mais permissiva dos pais, a gente acaba formando uma legião de mini narcisistinhas!!!

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  9. Pior que eu já me relacionei com uma pessoa SUPER narcisista ~ ainda bem que por pouquíssimo tempo. E olha que foi bem antes do surgimento de redes sociais, selfies e derivados hein??? Terrível.

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  10. eu já tive amizades assim, é horrível!
    Eu confesso que tô enjoada desse popularismo falso na internet? Sabe? Cansando ver tudo a mesma coisa,..
    Não conhecia o livro dela, leitura válida!
    bjoka http://diadebrilho.com

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  11. Eu fiquei muito interessada pelo livro, principalmente porque em alguma fase eu me considerei narcisista, sem nem saber de fato o que era isso. Acho interessante ter uma outra ideia sobre esses assuntos, além do senso comum.
    Eu acho que eu confundia amor próprio com o narcisismo e hoje eu vejo que a pessoa que me apresentou o termo, é na verdade alguém triste, no fundo, que busca de todas as formas ser o que ela não é, ter o que ela não pode ter...
    Enfim, adorei o post, o livro será uma ótima leitura para um futuro próximo.

    Pink is not Rose

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  12. Carol, essa confusão que a gente faz entre amor próprio e narcisismo é bem comum mesmo e alimentada pela mídia, pelo estilo de vida moderno. Bacana você ter feito essa reflexão no seu contexto de vida :)

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  13. É cansativo mesmo, Wanessa. A necessidade que as pessoas têm de se mostrar, mesmo nas coisas mais fúteis.

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  14. Imagino, Camila! Que bom que se livrou rsrs :)

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  15. Realmente, Hellz. O debate sobre narcisismo pode ir muito longe.

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  16. É que muitas coisas levam a gente a confundir narcisismo com amor próprio, né Mayara?
    Beijão :*

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  17. Eu até acho válida a exposição, Silvana. Desde que seja da forma correta e com supervisão. Eu, a partir do momento que penso em um tema e decido escrever um post no blog, estou me expondo, mas de uma maneira que eu acredito que para mim e para outras pessoas pode ser relevante. No entanto, as pessoas estão deixando de fazer essa reflexão antes de se expor na internet. Postam fotos de momentos cada vez mais íntimos, cada vez mais banais, sem pensar em qual vai ser a contribuição daquilo para a imagem dela e para as outras pessoas.
    Não adianta lutar contra, nós estamos na era digital e as crianças também estão inseridas nesse contexto, mas é necessários educar as crianças para viver e conviver na era digital, né?

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No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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