A estrada

terça-feira, outubro 22, 2019

Para ler ouvindo "All Too Well", da Taylor Swift. 

Quantas vezes saímos juntos? Esqueci de contar! Também não contabilizei o dinheiro gasto contigo. Foram roupas, entrada em balada, comida, ingressos pra o cinema, bebidas... Se eu somar tudo, não haverá um valor final pra cobrar. Mais do que todos os bens materiais, você tirou a minha paz!

De todas as paixões que eu tive até hoje, você foi quem me fez pensar em não mais existir. Olha que absurdo! Euzinho deixando de existir por sua casa? Por conta de alguém que não vale nada? Até hoje me pego em pensamentos sobre tudo isso e no caminho que segui até me livrar de ti.

Foi lindo te ver dirigindo o meu antigo carro e ouvir planos legais, tipo: “quero explorar o universo, conhecer outros países. Quero me mandar no mundo!”. Amei muito saber mais sobre o seu pai e o quão humilde ele é. Da hora aquela foto que fizemos das nossas mãos juntas diante do volante do veículo... Na minha mente, a gente estava criando proximidade, mas na sua era só um joguinho pra me ganhar e continuar recebendo mimos e coisas legais que poderia te fornecer. E veja só: eu não te dava presentes pra te conquistar; te entregava algumas coisas e bancava saídas porque queria te ter por perto.

Eu fui um trouxa, sei bem disso. Fui idiota!

“Dormi” no chão do meu quarto pra te deixar ter uma noite relaxante na minha cama. Na verdade, nem consegui pregar os olhos, porque estava com medo de roncar e te assustar. No outro dia, fui ao mercado comprar café da manhã pra gente. Eu queria que conversássemos sobre a noite anterior e a promessa do beijo.

Eu queria... Eu queria tantas coisas, mas obtive apenas uma resposta: “Não lembro de nada do que fiz na noite passada. ‘Tava muito bêbado, meu!”.

Eu queria você.

Eu queria te ter.

Eu queria... Eu queria seguir naquela estrada contigo... Pegar o carro e sumir no mundo, contigo. Eu te queria.

Hoje eu não te quero. Não quero te ver, não quero você.

Quero ser feliz. Sem você.

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1 Comentários

  1. Oie, Adriel, tudo bem? Não sei se esse texto é ficção ou não, mas às vezes a gente precisa ser um pouquinho egoísta e mandar essas pessoas embora das nossas vidas, né? Eu sei o quanto é difícil "largar de mão", mas é extremamente necessário saber quando é hora de seguir em frente. Estou ansiosa para ler o seu livro, mas ainda não consegui me organizar com tempo... Preciso voltar a escrever. Sinto tanta falta.
    Beijos

    PS: Comprei uma coisinha para você aqui em Toronto e vou te enviar por correio assim que eu chegar no Brasil (porque mandar daqui vai sair muito caro)... E vou enviar junto o CD da Avril Lavigne, que eu já devia ter mandando anooooooos atrás. Desculpa. Ah, é algo bem simples, mas espero que você goste! :)

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Sobre o blog


No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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