(In)quietude
sexta-feira, janeiro 08, 2021Me mexo de forma constante na cadeira do trabalho. Algo me incomoda, mas ainda não descobri o quê. Estou inquieto e ansioso desde cedo, querendo muito certa coisa, porém desconheço o quê. Há opções. Muitas.
Na sala ao lado, pessoas conversam alto, sorriem… Esbravejam uma alegria que parece não ter fim. Mas… Seria real toda essa emoção ou só fazem barulho para não escutarem o que está dentro de si? Fica aí a questão!
Enquanto me preocupo com os problemas alheios, esqueço por segundos dos meus. Ela tá bagunçada [a vida], doida. Talvez perdida, mas não vou perder as esperanças agora. Justamente no momento em que me sinto livre para fazer o que quiser na sala do trabalho. Aliás, amo quando estou aqui “sozinho”, com meus pensamentos e uma música aleatória tocando ao fundo, no computador.
Minha cantora preferida lançou música nova, uma semana inteira com a mente funcionando certinho, coisas e pessoas tóxicas a cada dia se distanciam… Era para eu estar feliz — e estou! Mas sinto que não está tudo tão bem assim.
Como eu poderia começar a enumerar os sentimentos? Será se posso? Dane-se, o texto é meu e aqui posso inserir o que quiser (ou que me dá vontade). Mas a vontade de falar (ou seria escrever?) acabou de passar. Tchau para ela [a vontade].
Já sei! Vou fechar os olhos e contar até três! Já, já volto… Espere aí!
(Mas com quem estou falando mesmo? Meu Deus, acho que pirei!!!)
UM, DOIS, TRÊS…
Quando fechei os olhos me veio a imagem do meu grande amor. Se passaram 6 anos desde a última vez em que o vi. Muito tempo. Longo tempo.
Devo estar com saudades. Não do meu grande amor, que isso fique muito claro. Estou com saudades de amar. De me amar.
Preciso fazer as pazes comigo mesmo, admirar cada defeito e endeusar minhas qualidades. Não fui à terapia esse ano, mas posso colocar em prática todos os aprendizados da última sessão.
Tá vendo como é bom escrever??? A minha (in)quietude queria dizer que falta amor. Em mim, em você, no mundo.
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