#RetroAnos2000: lançamentos de músicas nas rádios

quinta-feira, agosto 19, 2021

VemK, me responde uma coisa: como você sabe que o seu cantor favorito lançará um novo trabalho? Geralmente, eu acompanho os sites de cultura pop e as páginas oficiais dos artistas. É a melhor forma pra não cair em fake news e boatos, além de mais prático, claro.

Só que nem sempre foi assim…

Há pouco mais de duas décadas, eu era viciado em rádio local, sabe? Ouvia sempre que possível, no meu antigo MP3. Como não tinha internet em casa, a forma de me informar sobre o mundo musical era ouvir os locutores falando coisas como: “e agora vamos ouvir a nova música do Luan Santana, o gurizinho!”. Sdds d+! 💔

MP3, discman e fitas 

Cheguei a pegar a época do Discman, mas logo o aparelho foi substituído pelo MP3/MP4, que eram utilizados com pilhas. 

Pra ter as músicas no meu MP3, eu tinha que ir à uma lan house e aproveitar aquela 1h que os míseros R$ 2 proporcionavam. Eu já levava até uma listinha com o nome dos artistas. Era só conectar o aparelho no PC, fazer o download no 4Shared e ser feliz!

Mas eu também peguei a época das fitas. Era um terror, credo!!! 

Para gravar as músicas em fitas, eu tinha os meus programas de rádio preferidos. Das 14h às 17h, era eu e os locutores em sintonia todo dia, literalmente. Eles iam tocando as cantigas e eu colocando pra gravar no rádio do meu pai. Só ficava puto quando a fita “engolia”. Era horrível ter que rebobinar e torcer pra não perder o que foi gravado.

Tiete de locutor

Além de ser apaixonado por rádio desde criança, eu também tinha crush nos locutores. Mesmo não vendo a cara dos benditos, ficava encantado facilmente por aqueles que tinham uma voz jovem, com timbre diferente… Isso era o suficiente pra eu “xonar”! 

Na minha casa não tinha telefone fixo, pois só gente rica conseguia pagar por aquilo. A solução pra entrar em contato com os locutores era comprar cartão de unidades e ficar pendurado no orelhão da esquina. 

Com muita vergonha, mas determinação, ligava nos intervalos pra pedir músicas, mandar um “alô pros colegas da escola” e perguntar se chegaram novos cds promocionais. Aos poucos fui criando intimidade por ligar demais e os locutores falavam pra eu ir ao estúdio. Sim, eu morei por muito tempo no setor de rádio e tv. #Privilegiadah

Na primeira vez em que fui ao estúdio da rádio, fiquei super ansioso pra ver o locutor-crush-maravilhoso. Uma pena que foi decepcionante me deparar com um velho com voz de novinho. A paixão acabou na hora que vi que ele tinha idade pra ser meu avô. 

O tempo foi passando, novos locutores apareceram junto com paixonites de adolescentes e tá tudo bem. Um pouco traumatizado com quem tem voz bonita, mas bem. 

Enfim, migs… Eu sinto saudades da minha inocência e do tempo de piriguete que adorava ouvir um radinho. Vou até tacar play na rádio local daqui pra matar essa saudade. 

E vocês? Também foi tiete de locutor e viciado em rádio?

Esse post faz parte da série “RetroAnos2000”, onde relembro coisas que marcaram toda uma geração. 💻🎧

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