HISTÓRIAS CRUZADAS – #01

sábado, outubro 17, 2020

Para ler ouvindo “Wonder”, do Shawn Mendes

19 anos. A idade em que as pessoas estão saindo da adolescência e se preparando para a vida adulta. Essa realidade era diferente para Gustavo, já que teve que amadurecer bem antes de todo mundo. Ele estava determinado a encontrar alguém que completasse o vazio que habitava no seu coração. Só queria ser feliz, novamente.

Um cabelo desajeitado e um chapéu por cima, tentando esconder a bagunça. Um sorriso aberto com o objetivo de mostrar alegria, quando tudo se resumia em medo do amanhã e em recomeçar a jornada. Esse era Gus: um cara capaz de sorrir mesmo quando a vida dava motivos para desistir e entregar os pontos.

Gus perdeu os pais cedo, teve que se virar sozinho para dar andamento ao seus projetos pessoais e profissionais. Independente, sem contatos influentes, mas com muitos sonhos na bagagem e incertezas, ele se jogou no mundo e começou a prestar serviços para uma agência de publicidade, editando vídeos e trabalhando no Departamento de Criação.

23 anos. A idade em que, geralmente, você já se formou ou sabe bem o que quer da vida. Para Nathalia, essa realidade não fazia muito sentido. Filhinha de papai e bastante mimada, ela só queria curtir a vida ao lado dos amigos e de uma boa balada.

No dia do seu aniversário de 24 anos, Nath foi a “Haus Lab” extravasar e mostrar toda a sua ousadia na pista de dança. Semanas antes, ela descobriu que o seu namorado a traia com sua melhor amiga, inclusive transaram em uma das viagens que fizeram juntos.

Nath adentrou à “Haus Lab” querendo apenas os seus drinks favoritos e esquecer, por um momento, a merda de vida que dizia a todos ter. A verdade é que ela não esperava que o seu caminho fosse cruzado com o de Gus e ali começasse algo.

[02h. Haus Lab. Bar]  

— Caramba! Aqui tá quente, hein? — Gus chegou próximo ao bar, se sentando ao lado de Nath.

— Oi? Ãn? — Nath se assustou com a presença de Gus. — Tu tá falando comigo, guri?

— Hehehe. Com quem mais seria, piá? — Gus abriu o seu sorriso-de-lado-matador.

— Ah, não. Desculpa. Tô meio lerda hoje. E sim, hoje tá bem quente aqui.

— Mas acho que aqui ficou mais quente depois que comecei a reparar em você. Tá sozinha? — disse Gus, colocando uma dos braços sobre a mesa do bar.

— Tô, sim, por enquanto — Nath respondeu aparentando estar um pouco insegura. — Minhas amigas chegam já, já. Disseram que já estão à caminho.

— Posso te fazer companhia então? 

— Pode, sim. Aliás, acho que te conheço. — Nath tentou puxar na memória onde já havia visto Gus. – Você trabalha na agência do meu pai?

— Ufa! Pensava que não iria me reconhecer, guria…

 

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No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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