Convivendo com a bipolaridade

terça-feira, janeiro 26, 2016

Eu não sei muito bem quando tudo começou, porque tive uma infância tranquila e bastante sociável. Somente agora, com a chegada da vida adulta, foi que eu percebi que o meu humor oscila demais, fazendo com que, em pouco tempo, eu sinta ódio ou ame algo. Às vezes isso acontece em dias e até mesmo horas… É complicado até pra explicar, sabe?
O choque com a realidade foi maior após eu decidir morar “sozinho“. Não tão sozinho, porque eu dividia aluguel com uma amiga. Diante dessa “nova” vida, foi complicado aceitar a realidade da vida bipolar e ter a verdade escancarada  na sua cara. 
Eu explico.
Quando eu fui morar com uma amiga, já sabia que há um tempo ela passou por tratamento psicológico, já que foi diagnosticada com distimia (uma espécie de depressão). Após a nossa convivência, ela detectou a minha oscilação de humor e a forma como eu tratava as pessoas. Simplesmente tinha uma dupla personalidade. Não é que eu seja falso ou coisa do tipo… Eu simplesmente mudava o humor com muita facilidade, fazendo com que o mau humor e falta de paciência dominassem boa parte dos meus dias. E eu não tinha motivos pra isso.
A situação piorou ainda mais quando eu percebi que estava me afastando dos amigos da faculdade. Chegou uma época em que ninguém falava comigo, porque eu simplesmente estava horrível de chato. Tipo: uma hora eu estava todo felizinho, mas em pouco tempo odiava o mundo/universo. Também sem motivo algum. 
Com a certeza de que eu precisava de ajuda, procure alguns testes na internet e, pasme, todos eles acusaram a bipolaridade. Tive que procurar ajuda de um profissional, né?! Procurei a psicóloga de uma amiga e, após muita conversa, chegamos ao laudo: bipolaridade tipo 2. Essa é a mais leve, onde você só oscila o humor, sem entrar muito no campo depressivo.

Antes que pensem por aí que bipolaridade se trata somente com remédio, saibam que não! Algumas das formas de lidar com o transtorno, é: se alimentar corretamente, fazer algum exercício físico, dormir bem e também ser compreendido. 
Felizmente, no meu caso bastou cultivar bons hábitos e, principalmente, fazer exercício físico. Juro que a minha vida muda quando estou na academia… Passei um tempinho longe, mas espero voltar em breve, pois as coisas por aqui estão voltando a ser como no passado: eu me tornando um chato.

Se você já passou por algo semelhante (oscilação de humor constante, por exemplo), procure tratamento antes que a situação não piore e você precise viver à base de medicamento.  Mais informações à respeito desse transtorno, além de testes, você encontra aqui.

 Um beijo!

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No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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