Vivo uma ficção

sexta-feira, setembro 20, 2019

Para ler ouvindo “Staring At The Sun”, do Post Malone.

Outro dia, conversando com um carinha, ele disse que eu vivo uma ficção e não sei o que é o amor. Achei pesado ler isso, porque, tipo assim, ninguém tem o poder de dizer o que outro conhece ou não sem saber nada sobre sua vida.

Eu aceitei a afirmação do moço e continuei dando corda pra saber até onde aquilo iria chegar. Tudo foi ladeira abaixo, claro!

Em vários momentos, o carinha do sorriso mais lindo que conheci disse o que gostaria de ganhar, pois aquilo iria ajudar na conquista pelo seu coraçãozinho magoado, triste e solitário…

Como eu vivo numa ficção, me doei ao máximo possível e estive ali me fazendo presente, me preocupando e tentando ajudar de alguma forma, mesmo que online.

Pessoas do mundo real se tocariam de que o garoto era problema, já no mundo da ficção, a gente precisa aumentar a expectativa dos telespectadores por mais dramas, mais vergonhas… E foi isso que o fiz!

Fiquei cara-a-cara. Perguntei o que o garoto queria de mim. Corri atrás, literalmente, dele. Me comportei como um completo babaca que abriu o seu coração a um estranho.

O moço se fez de difícil, queria entrar num joguinho onde somente ele dava as cartas, ditava as regras, mandava e desmandava.

Como estamos falando de uma ficção romântica, eu aceitei entrar no jogo do carinha. Eu me lancei sem medo algum da queda, porque já estou acostumado com ela. Na verdade, eu tinha expectativas de que seria diferente dessa vez. Todo bobo apaixonado sempre acredita nisso. No caráter das pessoas e na boa fé delas.

Eu errei a partir do momento em que deixei essa pessoa entrar na minha vida e me interessei em fazer parte da vida dela sem ao menos saber se havia espaço pra mim, pra mais problemas e, talvez, a solução deles.

Realmente, vivo uma ficção. Quem, em pleno século 21, é capaz de se doar completamente ao outro? Quem é capaz de ser honesto consigo e com o próximo? Quem, hoje em dia, é transparente pra expor os seus sentimentos, sem medo algum ou vergonha?

Vivo uma ficção, mas discordo da parte de não conhecer o amor. Eu o conheço, sim, e sinto muito por não poder demostrar ao carinha.

A vida segue, a catraca roda e, agora, eu vou atrás de algo importante. Do meu amor próprio que se perdeu em mais essa aventura romântica.

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No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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