O dia em que eu me senti ryco

sábado, janeiro 09, 2016

Acho que todo mundo tem ou teve aquele desejo oculto de pegar o salário, ir ao centro da cidade e torrá-lo nas lojas, comprando todas aquelas roupas que namorava na vitrine há séculos. Eu, pelo menos, já passei por isso e conto agora como foi esse dia. 
Havia saído de um emprego e estava trabalhando em uma emissora de tv, quando o financeiro da antiga firma me ligou avisando que o meu acerto estava pronto e era para eu ir buscar no horário de almoço. Fiquei tão feliz que chamei uma amiga e fomos lá buscar o “montante”. Juro que nunca tinha visto tantas cédulas novas ao mesmo tempo. 
Após pegar o dinheiro, olhei para a minha amiga e disse: “bom, temos ainda quase duas horas livres. Vem comigo depositar esse dinheiro?”. Ela confirmou, então, pegamos um trânsito do inferno até o Centro da cidade. Chegando lá, começamos a bater pernas até eu ver as roupas que sempre namorava na vitrine. 

Deixa eu explicar: minha faculdade fica no Centro da cidade, praticamente no meio das lojas. Na hora do intervalo, eu e as minhas amigas sempre saímos pelas ruas olhando as roupas das vitrines (e se assustando com o valor, claro!). 

Então, assim que eu estava com a minha amiga indo depositar o dinheiro e vi aquela calça que eu queria muito, não hesitei e comprei a calça. Mais à frente, comprei uma camiseta, depois um coturno lindo, um par de lentes de contato, capinhas pro meu celular, livros… Paramos para lanchar e comemos horrores, afinal, eu tinha dinheiro para isso. 
Avenida Paulista de Araguaína. hahaha! (crédito: Rede TO)
Continuando a nossa andança pelo Centro… Paramos numa lojinha de bugigangas e fizemos a festa por lá também. Levamos cordões, pulseiras, relógios, óculos, anéis… 
Deu o horário de voltar ao trabalho e lá estávamos nós tentando enfiar todas as bolsas dentro do táxi. Me senti fazendo parte do elenco de “Os delírios de consumo de Becky Bloom. 🙂 
Quando voltei ao trabalho e fui contar os “milhões” que ainda me sobravam, quase caí para trás.  O que restou foi só o suficiente para pagar o meu aluguel (na época eu morava sozinho) e uma baladinha no fim da noite para comemorar o fim da minha ~pequena~ riqueza. 
Minha dica? Se um dia puderem fazer isso com o salário de vocês, FAÇAM! É a melhor coisa do mundo comprar as roupas sem olhar pro valor, e sim para a marca. Melhor ainda é ver as vendedoras te tratando como a Lady Gaga. Ai, Deus! Queria só ganhar na Mega-Sena para poder me sentir novamente ryco por um dia.
 Um beijo!

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No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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