Tá errado: a vítima não é a culpada!
domingo, maio 29, 2016Por trabalhar com comunicação e estar sempre na internet, eu passo boa parte do meu tempo lendo notícias e acompanhando debates virtuais, pois é daí que tiro pautas pro trampo e até mesmo temas de postagens pro meu blog. No entanto, muita coisa vem mudando nos últimos tempos. Pra pior, infelizmente.
Concorda comigo que a internet é um espaço bacana pra compartilhamos nossa opinião, levantarmos bandeiras e iniciarmos debates enriquecedores? Pois é! Mas temos também o lado ruim: muita gente se acha a dona do universo e, por isso, se sente no direito de publicar asneiras cheias de preconceito, ódio (além dos erros grotescos de português, porque sim: eles sempre estão presentes nesses posts!).
Recentemente, as pessoas, nas redes sociais, estão batendo fortemente na tecla do combate à violência contra a mulher (vide estupro), e eu acho isso maravilhoso. Se temos a oportunidade de chamar a atenção pra algo importante, por que não focarmos nesse tema e sairmos em defesa das mulheres?
Contudo, os machistas, loucões e polêmicos (pra não dizer lixo humano!) já começaram a espalhafatar a máxima de que concordam com o estupro quando:
1- é cometido com alguma lésbica, que é ela pra ser ‘mulher’ de verdade;
2- quando mais de 30 homens fazem sexo com uma mulher, mesmo ela sendo menor de idade e ter ‘consentido’ com o ato.
É horrível a forma como as pessoas tentam encontrar explicação pra atitudes inexplicáveis. É doloroso ver os cidadãos sendo juízes dos outros, quando não estão preparados pra isso e os seus corações estão cheios de rancor e ódio.
Às vezes eu levanto minha cabeça pro céu e faço a seguinte pergunta: “Deus, que mundo é esse em que vivemos? Que lugar é esse em que as pessoas concordam com algo que faz o outro sofrer, tira a privacidade e a alegria de viver?”
Me desculpa, de verdade, mas, se você acha que vítimas de estupros (ou qualquer outro crime, como o homicídio, roubo…) são as culpadas por sofrerem atentados, você é louco. Aqui vai a minha dica: vai se tratar.
#NãoÀViolênciaContraAMulher
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