Resenha: "Menina, desliga o celular!"
segunda-feira, março 21, 2016É fato incontestável que o ser humano está se tornando a cada dia mais dependente das tecnologias, principalmente o celular. Ao mesmo tempo em que facilita a vida, esses produtos também diminuem o contato físico entre as pessoas e as alienam, mesmo tendo na palma da mão um mundo de informações.
No livro “Menina, desliga o celular!”, nos deparamos com a advogada Evie, uma mulher de 30 e poucos anos que é completamente viciada nas tecnologias da vida, sendo capaz de enviar diariamente 90 e-mails pessoais, fora os profissionais. Justamente por este motivo (e após travar o servidor do escritório do trabalho devido à quantidade de conversas online), ela foi demitida quando estava próxima de ser tornar sócia da empresa.
Depois de parar pra pensar sobre sua demissão, Evie chegou à conclusão de que realmente estava dependente da internet. Por exemplo: se precisava do número de algum lugar, nunca pegava a lista telefônica, mas fazia uma rápida busca no computador; se precisava desmarcar algum compromisso, nunca ligava pra pessoa, apenas mandava um e-mail; da mesma forma funcionava com os papos: sempre era pelo Facebook, Twitter, WhatsApp… Raras eram as vezes em que se reunia com a sua turma.
Diante de uma realidade completamente triste, Evie decidiu que ficaria sem usar a internet por um tempo. Adivinha o que ela fez? Quebrou o próprio laptop e abandonou um BlackBerry, passando a usar um celular pebinha.
Longe da internet e de toda a vida online, a vida da advogada melhorou demais, pois para se comunicar, ela passou a usar o bom e antigo método: encontro cara a cara (nada de web cam, SMS…). Felizmente, com esta medida, Evie conseguiu dar atenção a sua avó que estava doente, se reaproximou da sua mãe e amigas, além de ter mais “sorte” nos relacionamentos.
“Menina, desliga o celular!” é um livro cheio de tapas na cara e que nos faz refletir sobre o que estamos lidando com a nossa vida virtual.
Com uma escrita super gostosa, a Elyssa Friedland acertou em cheio ao tratar sobre os vícios tecnológicos.
Agora eu te pergunto: será se realmente vale à pena ficarmos tanto tempo diante das telinhas, enquanto poderíamos estar cara a cara com outras pessoas?
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