Sem rumo em Londres
sábado, dezembro 26, 2015Já com as malas prontas, em frente à casa que eu havia alugado para passar um tempo em Londres, estava esperando por um táxi que me levaria até a estação de trem para eu seguir um novo rumo, que dessa vez seria em Porstmouth, uma cidadezinha há mais de 70 km da capital.
Meses após nosso início de namoro, James me disse que tinha de vir para Londres ajudar os pais na firma aos quais eles são proprietários. Eu encarei aquilo numa boa, inclusive aceitei ao seu pedido de vir embora com ele.
Quando a gente ama, a gente está disposto à tantas loucuras, inclusive enfrentar os pais e se jogar de cabeça em algo do tipo. Eu simplesmente larguei tudo. Emprego, faculdade, amigos, família. Abandonei minha vida estável para vir morar com o James.
Nos primeiros meses, não havia arrependimento, mas, o tempo passou e ele começou a chegar tarde em casa; a ficar mais tempo teclando no celular; a deixar uma “formiga andando na minha cabeça“.
A gente estava levando uma vida de casado, então, acho que o mínimo que eu merecia era esclarecimentos à respeito da sua demora e saídas à noite. Sozinho.
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