Sem rótulos, por favor!

quarta-feira, novembro 11, 2015

Já começo este texto escancarando pros quatro cantos do mundo que: eu nunca fui uma pessoa magra, do tipo esquelética. Sabendo disso, prossiga a leitura. 
Não, eu nunca fui aquele adolescente que todos olhavam e elogiavam a beleza, o corpo... Na verdade, eu sempre fui foco pra chacotas e piadinhas. 

Como não esquecer Daquele: “ei, seu gordo, baleia... parece saco de areia”? Simplesmente não tem como esquecer! (Talvez isso seja considerado bullying, mas, naquela época era só “brincadeira” de criança.) 
Eu cresci e superei aquelas piadinhas. Continuo não sendo magro e nem recebendo elogios de muita gente, contudo, quando aprendemos a nos amar, tudo fica ok. Amor próprio sempre, sabe?

Já parei pra pensar várias vezes sobre a atitude dessas pessoas que julgavam e tentam humilhar... Será se humilhar alguém traz algum tipo de alegria? Ou faziam com que esqueçam o quão fútil estão sendo? 

Poxa! A vida já não é fácil pra ninguém, então, pra quê complicar a do outro, se você pode ajuda-lo!? Se não tá a fim de estender um braço amigo, pelo menos não abra a boca pra disparar asneiras. 

O mundo tá cheio de pessoas assim: lixo. O pior é que lixo dá pra reciclar, já essa gente preconceituosa, babaca, estúpida e completamente desnecessária... 
Sobre a minha adolescência não tão feliz, eu digo uma coisa: a vida funciona como um ciclo. Se você demonstrar que esse tipo de atitude tá te afetando, com certeza irão continuar. No meu caso, eu nem ligava. Simplesmente acionava o “foda-se!”. Até hoje eu prefiro não ouvir o que falam de mim. Quando é coisa negativa e não me agrega nada, claro. 

Outro dia, por exemplo, fui à uma festa e bebi mais do que deveria. Acabei me jogando na piscina (que era livre a todos, vale ressaltar!). No outro dia, em grupinhos no WhatsApp, várias pessoas estavam falando o seguinte: “a festa foi tão boa que a gente viu até uma baleia na água. Uma espécie de Free Willy”. 

Eu sou baleia? Eu sou o Free Willy? Não e não. Então, só ignoro a existência de gente desse tipo. E a vida segue...

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2 Comentários

  1. Eu vejo de 2 formas: o "bullying" tão usado erradamente hoje, acontecia sim, na minha época, porém, como vc disse "brincadeira de criança" e nessa época, as crianças eram ensinadas pelos pais a não fazerem esse tipo de coisa e que cada um era diferente do outro e todos tinham que se respeitar (lembro muito bem desses ensinamentos dos meus pais e também de tantos outros pais que via repreendendo as crianças). Hoje em dia tudo é bullying (mesmo o que não é), mas quando essa atitude não é repreendida na infância, o adulto vira um ser inconsequente que não mede suas palavras e muitas vezes destrói vidas com suas arrogâncias. Eu sempre fui magrela (do tipo que tinha vergonha de mostrar as pernas - saracura rsrs) e sempre gostei de ficar no anonimato. Por isso, fazia amizade com os gordinhos ou os que eram tímidos, tinham medo... Lembro que no colegial tinha uma amiga que era um pouco gorda e ela não se aceitava, sempre se punha pra baixo e eu dizia pra ela: "as pessoas só falam assim de você porque vc não se aceita. Quando vc ver que é uma pessoa linda e tão importante quanto qualquer outra, muitos vão gostar de estar ao seu lado e os que não gostarem, azar... não sabem o que estão perdendo...". Infelizmente, ela não se aceitava e aí é o problema maior.
    Acabei de voar num blog que falava desse lance de ridicularizar pessoas colocando fotos de quando eram novas e agora estão velhas. A famosa futilidade... gordo, magro, feio, bonito, famoso ou não, velho ou novo... todos somos iguais e teremos o mesmo fim. Cabe a cada um de nós ser o melhor possível para si e para os outros enquanto estiver por aqui.
    Abração esmagador e lindo dia.

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  2. Até, sei lá, meus 8 anos, eu era beeem magra e, adivinhe só? Sofria bullying por isso. No final das contas as pessoas sempre vão achar algo ruim pra nos rotularem. Já fui a patricinha, a CDF, a nerd, a gordinha... e todos esses rótulos mostravam uma parte tão ínfima de mim que era impossível me conhecer só através deles.
    Acho que muitos humilham conscientemente, sim. Mas vários outros só seguem o que o grupinho define. Só querem "fazer parte" e, dessa forma, excluem os outros. Isso mesmo, Adriel. Ignore o que não te faz bem e não vista nenhuma carapuça que não te pertença. Um beijo!

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Sobre o blog


No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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