Vida de pobre #03: compras de roupas

quinta-feira, março 03, 2016

Quem aí nunca passou por uma boutique e ficou namorando aquelas roupas lindíssimas e caras? Eu sempre, eu toda hora, eu a todo momento e #énoix.  

De verdade, sou a pessoa que mais sofre quando vai ao Centro da cidade, porque, tipo: se eu vou pagar conta, fico mais pobre; se vou comprar, a alegria dura até o momento em que a vendedora informa o valor de uma roupa que gostei. Resumo: sofrimento sempre. 
Não sou o tipo de pessoa que adora comprar milhares de roupas caras, de marca e bla bla bla. É desnecessário andar fazendo propaganda de marcas que nunca te darão um centavo. Por exemplo, nunca entendi esse lance de ostentar com aquelas calças/camisetas da Coca-Cola e Calvin Klein.

Nunca liguei pro valor/marca da roupa, porque pra mim o importante é estar bem vestido pagando pouco. Afinal, todas as roupas dentro de uma máquina de lavar são iguais: não tem essa história de mais cara ou barata. #aloukan #filosófa #teseguraLispector 
A gente que é pobre tem o costume de sempre andar em lojas de departamento e fuçar até o útero da mesma, certo? Se você não sabia disso, sabia que está fazendo tudo errado. Quando for novamente à uma loja, já fale pra vendedora: “onde tem liquidação/promoção?”. Essa é a forma de dizer: “sou pobre. Tô aqui olhando pra ver se encontro alguma brusinha que caiba no meu orçamento, que é semelhante ao meu benefício do Bolsa Família”. 
Não sei vocês, mas eu já entro nas lojas com o meu radar ligado. Geralmente acerto onde tem promoções e lá onde eu faço a festa. Não procuro aquelas camisetas, por exemplo, com várias estampas iguais. A gente tem que escolher uma bonita, mas que tenha poucas iguais, porque, né… Temos de ser “exclusivos”.
fotinha só pra mostrar que os rycos também passam por alguns vexames, mesmo usando roupa de marca.
Tem coisa mais chata do que andar por aí e ver alguém com a mesma roupa que a sua? A coisa piora quando se vive no interior. Em cidade grande você só faz cara de paisagem e segue com a sua vida, já em cidade pequena você tem de conversar com a pessoa, manter um sorriso falso e dizer que adorou que a outra pessoa também tem bom gosto. 
Sabe aquelas lojinhas de R$ 10/20? Corra pra dentro delas! Tenho uma amiga pobre, mas que nasceu com cara de ryca, que faz a festa por lá, e o melhor é que ela vai pra faculdade com as roupinhas baratas, deixando as riconas todas no chinelo. 
O povo rico paga R$ 600 numa bolsa/sandália/roupa, já a gente, meros pobres mortais, ‘tamo aqui gastando menos do que isso com roupas tão bonitas quanto as de marca e arrasando nas baladas, conquistando os boys que as rycas penam pra conseguir, achando que a roupa da boutique vai atrair eles. 

Ser pobre é chic, kirida! 

 Um beijo! 

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No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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