Resenha: "A lista", de Cecelia Ahern

quarta-feira, setembro 09, 2015

Páginas: 380
Ano: 2015
Gênero: Ficção irlandesa
Editora: Novo conceito
Sinopse: Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente. Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty, que pode ser a chave para a sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira. Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida – e compreende porque foi escolhida para dar voz a elas.

Digamos que você é uma jornalista que tem experiência apenas em uma revista, mas resolve se aventurar no mundo da TV. Agora, imagine que você está ao vivo apresentando o seu programa matinal e decide “desmascarar” um médico, acusando-o de estupro contra os pacientes. Foi isso que Kitty fez, acreditando que as evidências que havia encontrado eram verdadeiras e iria ser um grande furo para a sua carreira. 

“Ninguém pode fingir que sabe o que as pessoas querem ler, ouvir ou ver. As pessoas raramente sabem o que querer.” (Pág. 15) 

Após constatar que as “provas” que tinham eram falsas, Kitty é afastada do programa e tem de encontrar uma forma para limpar a sua imagem, já que a população de Berlim está completamente com raiva dela. Eis que surge na história a Constance, proprietária e diretora da revista Etcetera, que é amiga pessoal da jornalista e está bastante doente. 
Ao saber da desgraça que aconteceu na vida da jornalista, Constance dá vários concelhos à Kitty e diz que em sua casa tem uma lista contendo 100 nomes, e é com base nesses personagens que ela vai reconstruir sua vida. O problema está em: só há nomes, nada de contato ou endereço. Ou seja, Kitty teria que se virar sozinha, porque logo após falar sobre a tal relação de nomes Constance morreu.

“Alguns dizem que não devemos agir com base em nossos medos, mas, se não houver medo, onde estará o desafio? Muitas vezes, foi com medo que realizei o melhor do meu trabalho, porque o abracei e desafiei a mim mesma.” (Pág. 14)

Com muito medo e fé, Kitty encontrou na casa de Constance alguns dos contatos das pessoas da lista e imediatamente contatou alguns. Na verdade, em toda o livro, apenas 6 das 100 pessoas foram encontradas.

Como uma “boa”jornalista, Kitty foi atrás das pessoas que encontrou e passou um bom tempo com cada uma delas, mas, havia uma dúvida: ela escreveria sobre o quê? Todos da lista são pessoas comuns, sem grandes talentos ou ambições.

“… Todo mundo, cada um tem uma história pra contar. Todo indivíduo, em qualquer parte do mundo, tem uma história extraordinária para contar. Talvez pensemos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante porque não estamos fazendo nada de extraordinário nem estampando capas de jornais, tampouco manchetes, nem ganhando prêmios memoráveis. Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho”. (Pág. 373)

No fim, a Kitty consegue limpar a barra com a história das 06 personagens, encontrando algo em comum entre todos, que logicamente só quem ler irá saber.

Você pode gostar também:

0 Comentários

Receba dicas, sorteio e afins na Newsletter do #NVCD

* indicates required

Sobre o blog


No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

Facebook