Minha vida no colegial
quarta-feira, maio 06, 2015Eu nunca fui um estudante popular na minha época do colegial, tampouco andava com trocentas pessoas no recreio/intervalo ou era escolhido para jogar nas aulas de educação Física. Hoje isso não faz diferença alguma na minha vida, mas naquela época... naquela época eu sofria bastante por andar praticamente sozinho pela escola.
Não sei bem porque eu andava sozinho. Talvez a timidez afastava as pessoas, ou, sei lá, eu realmente gostava de ficar alone pelos corredores da escola. O "engraçado" é que nas aulas de inglês/português era diferente. Eu era o aluno que mais interagia, conversava com o professor e com os alunos da minha sala. Eu dominava o assunto, ou seja, todos me procuravam para pedir ajuda. Mas era só isso.
Rolava festa na cidade ou na casa de colegas da escola e eu nunca era convidado. Logicamente, ficava bem mal.
Não sei bem porque eu andava sozinho. Talvez a timidez afastava as pessoas, ou, sei lá, eu realmente gostava de ficar alone pelos corredores da escola. O "engraçado" é que nas aulas de inglês/português era diferente. Eu era o aluno que mais interagia, conversava com o professor e com os alunos da minha sala. Eu dominava o assunto, ou seja, todos me procuravam para pedir ajuda. Mas era só isso.
Rolava festa na cidade ou na casa de colegas da escola e eu nunca era convidado. Logicamente, ficava bem mal.
A verdade é que naquela época do colegial eu era muito complexado com algumas coisas. Sempre era o mais gordinho, o mais bobão, o mais imaturo e o mais nerd. Eu me achava inferior aos outros por saber que eles tinham o corpão, iam à todas as festas da cidade e bla bla bla.
Hoje tudo mudou. De verdade. Não me preocupo mais com popularidade, pois os meus amigos suprem essa necessidade de ser reconhecido. Também não me importo com o que acham do meu corpo. (Tô caminhando/correndo enlouquecidamente e comendo como gente normal para ter um corpo bacana, mas sem pressões...)
O fato é que viver uma adolescência meio que sozinho me fez perder aquela vontade de sempre estar rodeado de pessoas. Tipo: hoje eu não faço questão de ir à uma festa com muita gente ou até mesmo de ir ao cinema. Aprendi a gostar da minha própria companhia e fazer valer à pena tudo, independente de ter ou não milhares de pessoas ao meu lado.
Por um lado tudo isso pode ter me deixado acomodado com a solidão, mas, também me ensinou a não depender demais da atenção dos outros para realizar algumas coisas... Um dia, talvez eu dia, eu queria de verdade sempre andar acompanhando com um milhão de pessoas, mas, desde o colegial, estou bem dividindo meus momentos de profunda solidão e aqueles de profunda baderna com os meus poucos amigos!
4 Comentários
Eu também não era popular no colegial e nem fazia questão de ser. Tinha uns poucos e bons amigos e isso me bastava. Às vezes, muuuito de vez em quando mesmo, tinha vontade de ter um monte de amigos festeiros que não me deixassem ficar em casa num sábado à noite, mas isso passou também. Você resumiu bem: a gente aprende a apreciar a própria companhia!
ResponderExcluirÓtimo texto!
Beijo
Eu tb sempre fui muito isolada no ensino médio. Ficava triste, chateada, mas me acostumei com o tempo e acho que toda solidão que sofri na adolescência me fez uma pessoa melhor.
ResponderExcluirEu hoje sou professora e dou aula para adolescentes e toda minha experiência me faz ter um olhar diferente com aqueles que são excluídos. Acho que tudo tem um motivo de ser...
Bjus e carinhos, fica com Deus
Eu acho ótimo saber quando as pessoas tiveram uma adolescência que os outros julgam "ruim" ou "diferente" e isso fez delas um adulto mais feliz consigo mesmo. Comigo foi/é assim e as pessoas se chocam, como se eu tivesse que me arrepender da adolescente não popular e tímida que eu era, mas na verdade me orgulho dela, ela me fez ser quem eu sou hoje.
ResponderExcluirE pelo o que eu li você passou por tudo super bem também. Mesmo que na época seja ruim (e como!) depois vem essa parte boa de se amar mais e se importar menos com o que não deve!
Esse post me prometia algo deprimente, quando comecei a ler, mas você fechou com chave de ouro. Com certeza são essas coisas que nos fazem ser quem somos. Grças a Deus você não é alguém desesperado por atenção, pois conheço milhares assim e isso não é nada legal.
ResponderExcluirBeijos; Tudo Tem Refrão