Resenha: Música ao longe
domingo, fevereiro 05, 2012Autor: Érico Veríssimo
Editora: Círculo do livro
Ano: 1978
Páginas: 243
Gênero: Romance
Sinopse: Os Albuquerques orgulham-se de terem recepcionado o imperador D. Pedro II numa suposta visita do monarca ao município; de terem sido donos da maior estância das redondezas e de terem servido como benfeitores da população. Mas na década de 30, atolados em dívidas, lutam para não perder o último casarão familiar…
A história do livro é simples, mas o modo que o autor tratou o tema principal (tradição familiar) enriqueceu toda a obra.
Por ser uma Albuquerque, Clarissa, personagem principal, tem que “concordar” com todos os costumes deixados pelo Senhor Oliveiro. Cansada da mesmice, a jovem professora de 16 anos que acabara de se formar resolve escrever um diário. É através de Clarissa e seus escritos que a história se desenvolve.
Os Albuquerques eram a maior família de Jacarencaga, maior não em tamanho, mas em riquezas. Para se ter ideia da importância da família, na pequena cidade havia ruas com o nome da família.
Uma coisa que achei legal no livro foi o momento em que o Vasco, primo e possível paixão de Clarissa, disse que é melhor vivermos um romance do que lermos (romance).
O final é decepcionante, o autor não dá um fim aos personagens. Ninguém sabe o que acontece com Tia Zezé, se Cleonilda casou depois de 12 anos noiva e, por fim, se Vasco namora Clarissa.
Meu personagem preferido é o Velho Leocádio. Ele era um homem que queria ser intelectual, para isso lia uma biblioteca virtual.
A obra recebe esse nome porque para Clarissa o amor é como uma música ao longe; incerto demais.
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