VIAJANDO SEM VIAJAR

terça-feira, novembro 17, 2015

Todo dia é a mesma coisa: saio da faculdade às pressas no intuito de chegar ao ponto de ônibus mais próximo, com muito medo de perder o carro que faria a rota até a minha casa. 

Assim que chego ao terminal, sempre pergunto ao guarda quanto tempo falta pro próximo ônibus passar. Educadamente ele responde que falta pouco tempo, mas que eu poderia esperar me sentando em algum banco que ele me avisaria. E depois dizem que não há mais pessoas boas no mundo... 

Quando não tem banco vazio no terminal, eu tenho de ficar em pé. Mas pra mim tanto faz. O que eu mais quero mesmo é ir pra casa descansar. Afinal, não é pra qualquer pessoa fica cerca de 4 horas sentado numa cadeira estudando Direito/Leis. 

Olhares estranhos. Outros já conhecidos. Algumas pessoas cansadas. Outras felizes. Um cara está sentado, olhando pro horizonte e balançando rapidamente os pés... Tem também um senhor caminhando por entre os bancos, parecendo muito cansado... O dia deve ter sido longo! 

Olho pro lado e continuo enxergado o cara balançando as pernas, agora com uma cara assustada. Ele deve estar pensando o mesmo que eu (o que a gente estava fazendo ali?). Ele é bonito, parece interessante, mas novo pra mim... E, céus, eu não quero me apaixonar novamente. Não agora. Preciso focar nas últimas provas da faculdade e preparar meu currículo pra procurar um novo emprego. 

E todo dia é assim: fico aqui nesse terminal no fim da noite (uma longa noite, por sinal!) à espera do transporte que irei retornar à minha casa; ao meu mundo. 

O bom em poder estar aqui (se é que tem algo bom nisso tudo) é que eu posso pensar em tudo e ao mesmo tempo em nada. É onde eu encontro uma certa paz, sabe? Posso observar as pessoas e ninguém se importará com isso. 
Se eu pudesse dizer ao mundo uma coisa, diria pra todos aproveitarem as coisas mais simples da vida, como andar de ônibus. A experiência pode não ser uma das melhores do universo, mas vai te render bons momentos de reflexões (como este agora); se relacionar com pessoas de todos os tipos e classes sociais, além de economizar um puto dinheiro com gasolina. Faça a experiência! 

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Sobre o blog


No ar desde 2011, o "Não me venha com desculpas" é um blog pessoal, feito por uma pessoa (a)normal.

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